![]() O número dos veículos motorizados de Macau ultrapassou já os 230 mil, pelo que a emissão de gases de escapa é uma das fontes principais de poluição |
![]() Os transportes terrestres são uma das fontes principais das emissões de CO e de GEE |
![]() Tem sido verificado nos últimos anos a tendência crescente do consumo de combustíveis por parte dos transportes terrestres |
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O Metro Ligeiro de Macau não só é um sistema de transporte colectivo verde, com baixa nível de ruído produzido e emissão nula de poluentes, como também servirá no futuro de um meio principal na rede de transportes públicos, procurando prestar aos cidadãos um serviço conveniente e fiável e criar, em conjunto com autocarros, táxis e sistemas pedonais, uma rede de transportes públicos complementar e interligada sem obstáculos, a fim de optimizar a deslocação dos cidadãos e diminuir a dependência dos veículos particulares. Deste modo, será melhorada a situação da poluição do ar, resultante da emissão de gases de espace dos veículos motorizados de Macau, sendo constituído assim um ambiente de “deslocação ecológica”.
A emissão de gases de escape dos veículos motorizados é um das fontes principais da poluição do ar de Macau. De acordo com o “Relatório do Estado do Ambiente de Macau 2011”, a emissão do monóxido de carbono (CO) dos transportes terrestres ocupou mais de 80% do total de emissões de CO enquanto a sua emissão de gases de efeito de estufa (GEE) representou cerca de 20% do total de emissões de GEE, pelo que o Governo da RAEM adoptou uma série das estratégias para melhorar a situação da poluição do ar causada pela emissão de gases de escape dos veículos motorizados, nomeadamente, tem aperfeiçoado os respectivos regimes jurídicos e regulamentações, controlando, a partir da fonte, a introdução de veículos altamente poluidores para Macau, e elaborando neste momento as padrões para reforçar o controlo da emissão de gases de escape; a par disso, continua a promover activamente a introdução dos meios de transportes ecológicos e incentivar o público a utilizar os transportes públicos ou sistemas pedonais, pelo que será uma parte importante a construção do Metro Ligeiro, isto é, um sistema de transporte público ecológico, com emissão nula de gases de escape e alta eficiência energética.
Com a introdução para Macau do Sistema de Metro Ligeiro com pneus de borracha, o comboio é movido a energia eléctrica, sem instalação do motor de combustível dos veículos normais, pelo que não emite gases poluentes durante a circulação; por outro lado, a capacidade de transporte do comboio é relativamente maior, como por exemplo, um comboio com quatro carruagens pode transportar simultaneamente cerca de 400 passageiros ou mais, portanto, em comparação com o veículo particular com a capacidade máxima de 5 a 7 pessoas, o comboio possui a alta eficiência energética ambiental. Tendo como referência o relatório de transporte feito pela Comissão de Desenvolvimento Sustentável do Conselho Económico e Social das Nações Unidas, a eficiência energética dos transportes ferroviários é superior às 17,5 a 35 vezes comparativamente com veículos particulares.
Após a entrada em funcionamento do Metro Ligeiro, a prestação do serviço de transporte colectivo pontual, altamente eficiente e conveniente contribui para aumentar a facilidade da deslocação de transportes públicos, o que consegue atrair os cidadãos a utilizar o Metro Ligeiro, autocarros, e outros transportes públicos, em vez de conduzir o veículo particular; enquanto cada vez mais pessoas recorram ao Metro Ligeiro, será reduzido o número dos veículos a circular. Por um lado, serão possíveis aliviar o congestionamento de trânsito actual, aumentar a velocidade de circulação dos autocarros, reduzir o tempo de deslocação dos cidadãos e atrair mais pessoas a utilizar os transportes públicos, sendo criado um círculo virtuoso; por outro lado, a diminuição do número dos veículos particulares permite a conservação de energia e redução da emissão das gases de escape.
Conforma a avaliação realizada pela Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, em resposta ao pedido do Governo, depois da entrada em funcionamento das primeiras duas fases do Metro Ligeiro, prevê-se que os utilizadores de transportes públicos possam poupar, em média, diariamente e por pessoa, mais de 60% do tempo da mobilidade de transportes públicos; devido a que alguns condutores pretendem utilizar o Metro Ligeiro para efeitos de deslocação, houver provavelmente uma diminuição de cerca de 20 % no consumo de energia, na emissão de gases de efeito estufa e nas poluições nas outras áreas. No entanto, a melhoria da qualidade do ambiente atmosférico não só assegura a boa saúde dos cidadãos, mas também contribui para poupar os recursos de saúde investidos pela sociedade para prevenção e tratamento das doenças relativas à poluição do ar.
Para além disso, devido a que o comboio do Metro Ligeiro é movido a energia eléctrica, não haverá o ruído produzido pelo motor de combustível tradicional, ao mesmo tempo, atendendo à circulação nas vias de betão com pneus de borracha, o mesmo tem a vantagem do baixo nível do ruído produzido. Neste momento, o comboio do Metro Ligeiro encontra-se ainda na fase de produção em série, sendo efectuados diversos ensaios aos comboios já montados. O Governo enviou anteriormente o pessoal às fábricas para medir o ruído. Quando o comboio circular, à velocidade máxima (80km/h), na linha de ensaio sem instalação das barreiras acústicas, o valor máximo do ruído produzido é cerca de 80 dB, sendo mais baixo do que o produzido pelos automóveis pesados de passageiros transicionais, isto é, cerca de 88 a 92 dB. No futuro funcionamento, tendo em conta que o comboio terá apenas uma velocidade média de cerca de 30 km/h e a distância entre o Metro Ligeiro e edifícios habitacionais é mais longo do que a entre a linha do ensaio e o local onde realizou a medição do ruído, a colocação das barreiras acústicas e materiais com características de absorção sonora, permitirá diminuir o impacto sonoro.
De facto, o Governo encomendou, em 2008, a empresa de consultoria profissional a realizar os trabalhos da avaliação ambiental sobre o Sistema de Metro Ligeiro. No que toca à área do ruído, esta empresa procedeu às análise e avaliação sobre mais de uma centena de receptores sensíveis do ruído ao longo do traçado segundo os dados disponibilizados pelo fornecedor do sistema de comboio, através da simulação pelo modelo matemático das circunstâncias da futura operação do Metro Ligeiro. Em termos da avaliação preliminar de impacto sonoro relacionado com os três traçados propostos do Segmento Norte, segundo os respectivos dados, se adoptar a medida de instalação de barreiras acústicas nos troços necessários, a futura operação do Metro Ligeiro poderá atingir basicamente os respectivos critérios de avaliação, isto é, a média do ruído do tempo diurno é inferior a 70 dB enquanto a do tempo nocturno é inferior a 60 dB, o que é semelhante ao actual ambiente do ruído ao longo do traçado. Por outro lado, o Governo também vai encarregar uma entidade especializada de proceder a uma monitorização contínua do ruído, para garantir que o serviço do Metro Ligeiro corresponde aos respectivos critérios de avaliação ambiental, verificando os efeitos das medidas de mitigação.