Página electrónica especialmente dedicada às pontes Macau-Taipa

Data de actualização: 2025-06-16

 

Página electrónica especialmente dedicada às pontes Macau-Taipa

Prefácio Primeira Parte - Situação das pontes marítimas Macau-Taipa
Segunda parte – Situação geral das pontes Macau-Taipa relativa aos trabalhos de monitorização, reparação e manutenção Terceira parte – Download dos relatórios de monitorização das Pontes Macau-Taipa
Quarto parte – Tabela relativa à situação geral de reparação e conservação das pontes marítimas

 

Prefácio

Existem actualmente 4 pontes marítimas entre a Península de Macau e a Ilha da Taipa e, conforme a ordem da sua conclusão, são a Ponte Governador Nobre de Carvalho, a Ponte da Amizade, a Ponte de Sai Van e a Ponte Macau.

Antes da entrada em funcionamento da Ponte Governador Nobre de Carvalho, o meio de deslocação entre Macau e a Ilha da Taipa era de barco. Depois de aberta à circulação, a ponte não só permitiu reduzir o tempo de deslocação como também permitiu uma deslocação mais conveniente aos moradores, impulsionando, simultaneamente, o desenvolvimento económico das Ilhas e o bem-estar da população e a prosperidade de Macau.

Actualmente, as quatro pontes marítimas são pontes importantes que interligam a Península de Macau e as Ilhas, e são também construções emblemáticas da Região Administração Especial de Macau (RAEM).

Com o rápido desenvolvimento de zonas habitacionais das Ilhas e o consequente aumento do número de veículos nas mesmas, verifica-se um agravamento de pressão na circulação do trânsito nas pontes, deste modo, a DSOP efectuou periodicamente trabalhos de reparação e manutenção nas quatro pontes e realizou trabalhos de vistorias e monitorização às respectivas pontes através de aparelhos.

A “página electrónica especialmente dedicada ao tema das pontes que interligam a Península de Macau e a Ilha da Taipa” contém as informações básicas sobre as quatro pontes marítimas, com os dados actualizados relativos à sua monitorização trimestral, no sentido de os dar a conhecer ao público.

Primeira Parte - Situação das pontes marítimas Macau-Taipa

Ponte Governador Nobre de Carvalho

A obra de construção da Ponte teve início em Junho de 1970 e foi aberta à circulação em Outubro de 1974. O comprimento total da ponte é de 2 569,8 metros e de 9,2 metros de largura, tem duas faixas de rodagem com dois sentidos e dois passeios pedonais nas bermas, até ao momento, é a única ponte marítima onde é permitida a circulação pedestre. O ponto mais elevado do tabuleiro atinge 35 metros acima do nível do mar, formando um arco ogival. Na altura foi considerada a ponte contínua de betão armado pré-esforço mais longa do mundo. A forma da ponte constituiu um dos elementos de concepção do emblema e bandeira da RAEM.

Ponte de Amizade

A construção teve início em Junho de 1990 e foi aberta ao trânsito em Abril de 1994. A ponte é suspensa por tirantes, construída com vigas e em betão, sendo de forma ondulada. O comprimento da ponte é de 4 700 metros, incluindo um viaduto de 800 metros e uma largura de 18 metros, com 4 faixas de rodagem, separador central com barreiras e bermas.

No meio da ponte existem dois pontos mais elevados com uma altura máxima de 37 metros acima do nível do mar, os acessos Sul e Norte da Ponte são de estrutura em vigas com pré-esforço. A Ponte da Amizade tem como função interligar os três tipos de vias comunicação: marítima, terrestre e aérea.

Ponte Sai Van

A obra de construção da Ponte Sai Van teve início em Outubro de 2002 e foi aberta à circulação em Janeiro de 2005. É uma ponte atirantada em forma de harpa, constituída por duas torres em forma de “M”, possui 2 200 metros de comprimento e 28 metros de largura, sendo uma das pontes no mundo com duplo tabuleiros em betão armado e com pré-esforço.

A Ponte Sai Van ganhou vários prémios de design, uma das suas características é a concepção de dois pontos mais elevados com 85m de altura, possuindo o formato da letra “M ”, ou seja, a primeira letra de Macau, em algarismo romano “III” e árabe “3”, metaforicamente quer dizer que é a terceira ponte de Macau. A sua forma é arqueada, simbolizando duas pétalas da flor de lótus.

O tabuleiro superior dispõe de 6 faixas de rodagem com dois sentidos, o tabuleiro inferior destina-se ao uso do Metro Ligeiro e ao tráfego rodoviário apenas em caso de tufão.

Ponte Macau

A construção da Ponte Macau teve início em Março de 2020 e foi concluída em Julho de 2024. Com o seu ponto de início localizado no lado leste da Zona A dos Novos Aterros Urbanos, faz ligação à ilha artificial do posto fronteiriço da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e finaliza na Zona E1 dos Novo Aterros Urbanos, estando dotada de uma área destinada à sua ligação ao viaduto do túnel da Colina de Grande Taipa.

A ponte, cuja linha principal tem um total de cerca de 3,1 quilómetros, com o troço acima do mar com cerca de 2,9 quilómetros de comprimento, é composta por dois vãos de navegação marítima com 280 metros de extensão. A Ponte foi projectada com oito faixas de rodagem nos dois sentidos, duas das quais destinadas ao uso exclusivo de motociclos. A velocidade projectada da mesma e das suas rampas de acesso é de respectivamente, 80km/h e 40km/h.

Estando equipado quebra-ventos nos dois lados da linha de circulação principal, tal permite que a velocidade do vento na ponte não seja superior a velocidade de vento no ponto de chegada da ponte, assegurando, em caso de tufão de sinal n.º 8, a velocidade relativa do vento na ponte inferior ao que é previsto ocorrer nesse tipo de condições climáticas, possibilitando condições de circulação idênticas em terra.

Segunda parte – Situação geral das pontes Macau-Taipa relativa aos trabalhos de monitorização, reparação e manutenção

Antes de abertura ao trânsito da Ponte Macau, a Ponte General Nobre de Carvalho, a Ponte da Amizade e a Ponte de Sai Van são infra-estruturas que interligam as redes viárias da Península de Macau e da Ilha da Taipa, o Governo da RAEM empenha-se nas monitorizações contínuas e nas reparações e manutenções periódicas das pontes, de forma a garantir a sua segurança estrutural e o seu bom aspecto.

O Governo da RAEM incumbiu o Laboratório de Engenharia Civil de Macau (LECM) e demais instituições profissionais de monitorizar as pontes, de proceder continuamente às inspecções regulares e às inspecções visuais das três pontes supramencionadas e de apresentar periodicamente relatórios e propostas sobre os respectivos trabalhos. Com base nesses documentos produzidos pelas referidas entidades, o Governo da RAEM procede à análise da situação e às manutenções e reparações adequadas das pontes assim como à elaboração de planos anuais para realização das obras de reparação de emergência que permitem levar a cabo uma reparação urgente dos elementos eventualmente estragados em caso de acidente, assegurando as boas condições de funcionamento das pontes.

No período de construção da Ponte Macau, foi igualmente instalado o sistema de monitorização de saúde estrutural, com vista a monitorizar a segurança de estrutura da Ponte no seu funcionamento.

Situação geral da Ponte General Nobre de Carvalho em relação aos trabalhos de monitorização, reparação e manutenção

O Governo da RAEM incumbiu o LECM de proceder às monitorizações contínuas e inspecções diversas da Ponte General Nobre de Carvalho. Nesta infra-estrutura, o LECM deve instalar os respectivos equipamentos e efectuar, anualmente, várias inspecções. Neste sentido, de acordo com o projecto da ponte e o seu estado de funcionamento, o LECM deve proceder às inspecções adequadas, nomeadamente em relação às coordenadas do tabuleiro da ponte e dos maciços de encabeçamento de estacas, à geometria da ponte, ao deslocamento das juntas de dilatação, à largura das juntas de dilatação do tabuleiro da ponte e aos ângulos de inclinação do tabuleiro da ponte, entre outros.

O Governo da RAEM procede à análise da situação com base nos relatórios de inspecções da ponte, no sentido de conhecer o estado da estrutura da ponte e iniciar os respectivos trabalhos de manutenção e reparação, assegurando as boas condições de funcionamento e segurança da ponte.

Desde 1974 até ao momento, procedeu-se à reparação integral da ponte de dez em dez anos e na última obra de reparação foram substituídas todas as barreiras de protecção instaladas nos dois lados da ponte, com vista a reforçar as condições de segurança da ponte e prolongar a sua vida útil. Além disso, todos os anos realizam-se periodicamente diversos trabalhos de reparação e manutenção dos pavimentos e das juntas de dilatação.

Situação geral da Ponte da Amizade em relação aos trabalhos de monitorização, reparação e manutenção

O Governo da RAEM incumbiu uma instituição profissional de proceder às monitorizações contínuas e inspecções diversas na Ponte da Amizade, tendo-lhe exigido instalar os respectivos equipamentos na ponte e efectuar, todos os anos, várias inspecções. Como tal, de acordo com o projecto da ponte e o seu estado de funcionamento, a entidade responsável deve proceder às inspecções adequadas, nomeadamente em relação às coordenadas do tabuleiro da ponte e dos maciços de encabeçamento de estacas, à geometria da ponte, ao deslocamento das juntas de dilatação, à largura das juntas de dilatação do tabuleiro da ponte e aos ângulos de inclinação do tabuleiro da ponte, à largura das juntas de construção das vigas caixão, à tracção dos tirantes, aos ângulos de inclinação das torres de tirantes, aos ângulos de inclinação das torres da ponte, entre outros.

Nos últimos anos implementa-se o Sistema de “Monitorização de Saúde Estrutural da Ponte da Amizade” que funciona durante 24 horas no sentido de acompanhar o estado da estrutura da ponte, assegurando as condições de segurança para a ponte. O sistema permite proceder à monitorização in situ das mudanças de acção do vento, de humidade e de temperatura, das mudanças na estrutura da ponte provocadas pelo eventual sismo ou choque de embarcações contra a ponte, da geometria (flexão) das vigas, do deslocamento dos pedestais e das juntas de dilatação, das mudanças da temperatura da estrutura, dos esforços em estrutura e da tracção dos tirantes, entre outros. O sistema recolhe dados que podem ser tomados como referência aquando da avaliação da estrutura da ponte, nomeadamente em relação às mudanças do estado da estrutura resultantes das condições meteorológicas adversas (passagem de tufões). Por outras palavras, os referidos dados constituem fundamentos para se julgar se a estrutura da ponte foi restaurada depois da passagem de tufão e se está garantida a segurança da ponte.

O Governo da RAEM procede à análise da situação com base nos relatórios de inspecções da ponte, no sentido de conhecer o estado da estrutura da ponte e iniciar os respectivos trabalhos de manutenção e reparação, assegurando as boas condições de funcionamento e segurança da ponte.

Desde a entrada em funcionamento da Ponte da Amizade em 1994 até 2000, envidaram-se esforços para reparar os pavimentos da ponte. Posteriormente a DSOP levou a cabo várias obras de reparação e manutenção de grande escala, assegurando a segurança estrutural da ponte. No entanto, no processo de monitorização, verificou-se que a ponte foi-se degradando a par do seu funcionamento. Deste modo, a partir de 2011 realizaram-se de forma faseada diversos trabalhos de reparação das vigas principais e dos pedestais de apoio da Ponte da Amizade. Tendo em conta a necessidade de garantir a normal circulação de veículos no processo de reparação, o Governo da RAEM utilizou o sistema electrónico de elevação sincronizada composto pelos diversos macacos hidráulicos para aplicar o pré-esforço longitudinal em seis grupos nas vigas principais e no tabuleiro da ponte, de forma a elevar em 3 milímetros estas peças estruturais e suportar uma carga superior a 1 000 toneladas, o que permite que os trabalhadores possam proceder à reparação por baixo do tabuleiro sem provocar impacto na normal circulação de veículos na ponte.

Por outro lado, de acordo com o relatório de monitorização da saúde estrutural da Ponte da Amizade, verificou-se a existência de fissuras no betão dos pegões e dos maciços de encabeçamento das estacas da ponte principal resultantes de reacções álcalis-sílica, pelo que foi necessário proceder à reparação no sentido de garantir a sua utilização segura. Devido à grande quantidade dos maciços de encabeçamento das estacas danificados, no total de 108 (72 da ponte principal e 36 da rampa de acesso), os trabalhos de reparação foram divididos em três fases consoante os diferente graus de danos e realizados no período entre Abril de 2023 e Abril de 2025, sendo que a 1.ª fase da obra consistiu na reparação dos 21 maciços de encabeçamento das estacas da ponte principal; a 2.ª fase visou reparar 26 maciços de encabeçamento das estacas da ponte principal; a 3.ª fase consistiu na reparação dos 25 maciços de encabeçamento das estacas da ponte principal e 36 maciços de encabeçamento das estacas da rampa de acesso.

Monitorização, reparação e manutenção da Ponte Sai Van

O Governo incumbiu uma entidade da especialidade de efectuar a monitorização periódica e inspecção permanente da Ponte Sai Van, bem como de instalar os respectivos aparelhos de medição. A entidade realiza anualmente várias inspecções, nomeadamente aos tabuleiros superior e inferior da ponte, à sua estrutura, aos maciços, às vigas, aos pilares, aos muros, às torres, às juntas de dilatação, aos equipamentos de drenagem e inspecção à camada do asfalto e à pintura dos muros, etc.. Para além disso, esta efectua inspecções através de aparelhos de medição, tais como, dos cabos de sustentação, avalia a estética da estrutura da ponte e dos respectivos acessos, das cotas das vigas e das vigas, das eventuais alterações das juntas de dilatação da ponte.

Nos últimos anos, a ponte tem sido apetrechada com o “Sistema de Monitorização de Saúde Estrutural”. A entidade responsável elaborou um projecto de monitorização em conformidade com o modelo de análise dos indicadores da Ponte Sai Van que está de acordo com o projecto original, instalou os aparelhos de detecção e registo de dados relativos à tensão da sua estrutura, à capacidade, à vibração, à intensidade do vento, etc.. Para além disso, instalou ainda um sistema automático de monitorização, registo, previsão e avaliação, no sentido de obter as informações sobre as condições de segurança rodoviária e efectuar uma previsão, e avaliação eficaz da segurança da ponte.

Visto que a estrutura da Ponte Sai Van estava com boas condições, procedeu-se, principalmente, aos trabalhos e conservação e reparação diária, nomeadamente, à reparação de buracos existentes no pavimento do tabuleiro, de guardas de segurança danificadas por acidentes de viação, bem como à substituição das placas metálicas das juntas de dilatação, entre outros.

No entanto, com o fim do prazo de utilização de algumas instalações da Ponte de Sai Van e a ocorrência de fendas e defeitos na superfície da estrutura de betão, foram iniciadas, a partir de Maio de 2023, as três fases da obra designada por “Empreitada de renovação do exterior da Ponte de Sai Van”, que consistiu sobretudo na reparação da estrutura de betão exterior da Ponte de Sai Van, substituição das juntas de dilatação das faixas de rodagem da Ponte, pintura de revestimentos das torres principais e dos dois lados da linha principal da Ponte, bem como na substituição da iluminação decorativa da ponte.

Terceira parte – Download dos relatórios de monitorização das Pontes Macau-Taipa

De acordo com os dados recolhidos, as pontes mantêm-se estáveis e em boas condições de segurança rodoviária. Para informações mais detalhadas, queira consultar os respectivos relatórios de análise.

Relatório de análise dos dados registados através do “Sistema de Monitorização de Saúde Estrutural” da Ponte da Amizade (1.° trimestre de 2025)

Relatório de análise dos dados registados através do “Sistema de Monitorização de Saúde Estrutural” da Ponte Sai Van (1.° trimestre de 2025)

Relatório de análise sobre os dados registados através do “Sistema de Monitorização de Saúde Estrutural” da Ponte Nobre de Carvalho (1.° trimestre de 2025)

Relatório de análise sobre os dados registados através do “Sistema de Monitorização de Saúde Estrutural” da Ponte Macau (1.° trimestre de 2025)

Quarta parte – Tabela relativa à situação geral de reparação e conservação das pontes marítimas

Tabela relativa à situação geral de reparação e conservação das pontes marítimas